Resultante da colaboração verdadeiramente
estimulante com o projeto Porto Arco-Íris da ILGA e o imprescindível apoio da
FPCEUP e da CineFPCEUP na utilização pro bono dos seus anfiteatros e na
divulgação do evento, o ciclo “Cine
Arco-Íris: diversidade, orientação sexual e identidade de género” proporcionou o debate e discussão sobre questões da orientação sexual
e identidade ou expressão de género no contexto académico. Este ciclo de cinema,
corporizado em 4 sessões de trabalho em rede e de realização coletiva – de 6 de
março a 24 de abril – evocou lutas e movimentos sociais como o Dia Internacional
da Mulheres e o 25 de Abril de 1974, constituindo um momento formativo de questionamento enquadrado no espírito de abertura e de liberdade que tem caracterizado
as entidades parceiras.
Um olhar retrospetivo a este ciclo permite-nos evidenciar a diversidade, quer de estilos quer de abordagem das sessões. A primeira sucedeu a uma mesa de abertura informal, com o acolhimento do evento por São Luís Castro, professora da FPCEUP em representação do diretor da FPCEUP e por Kristina Barros, em representação do CineFPCEUP. Telmo Fernandes representou a Associação ILGA enquanto a Espaços esteve representada por Eunice Macedo e por David Barros.
O debate acerca das "Parentalidades não normativas" em torno do filme “Patrik, age 1,5”, foi particularmente enriquecedor tendo contado com o comentário de Jorge Gato, psicólogo e professor na Universidade Lusófona do Porto, que trouxe um olhar da Psicologia e por David Barros, cineasta e formador em cinema, que trouxe um olhar da Cinematografia. A participação das pessoas presentes foi dinamizada pela Eunice Macedo que provocou uma discussão ampla em que se cruzou reflexão, positividade e bom humor.
Miguel Vale de Almeida, antropólogo e professor no ISCTE-IUL, foi o comentador brilhante e desafiador do filme “Tomboy”, em torno do qual se desenvolveu a 2ª sessão, moderada, com mestria, por Cláudia Múrias, e centrada na temática das Identidades de género, com um foco na Transexualidade. Havendo muito a dizer sobre estas questões, a proposta aportada por Miguel Vale de Almeida aponta claramente para a necessidade de avanços e de ruturas concetuais.
A sessão “Cidadania e identidades lésbicas”, dinamizada por David Barros, em torno do filme "Naissance des pieuvres/Water lilies" (2007), de Céline Sciamma, contou com a apresentação do filme por Danyel Guerra, escritor e crítico de cinema, que acentuou a sua riqueza e especificidade, alertando as pessoas presentes para os recursos cénicos explorados pelo realizador. Helena Topa, dinamizadora da comunidade de leitura de temática lésbica: "Conversas Para Lê-Las", comentou este filme de forma aprofundada dando visibilidade ao seu potencial contributo não só para o debate das questões da identidade mas também para o despoletar da adolescência com todos os desafios que esse processo traz. O debate final contou ainda com o olhar de Francisco Noronha, director do cineclube da FDUP, cujas perspetivas suscitaram também ampla discussão entre as pessoas participantes.
O ciclo de cinema foi encerrado com uma sessão verdadeiramente estimulante que, sendo designada "Homofobia e bullying" ultrapassou largamente esse debate. Foi comentada de forma brilhante por Isabel Menezes, professora da FPCEUP, comunicadora perspicaz que cruza saber, bom humor e provocação. Contrariamente às sessões anteriores, suportadas em longas-metragens, esta foi enriquecida com uma série de curtas que trouxeram à luz um conjunto de temáticas, também exploradas no âmbito de um projeto internacional com fins educativos e cujo produto "Rainbow films" (2012), aglomera uma série de curtas-metragens para exploração com grupos etários distintos.
Destacamos ainda a participação de pessoas associadas da ESPAÇOS na organização deste ciclo, nomeadamente do David Pinho Barros, que participou na dinamização de sessões e convidou especialistas na área do cinema para partilharem dos seus saberes; e da Rita Macedo Nóbrega que concebeu e elaborou a linha gráfica deste ciclo, captando em imagem os seus pressupostos concetuais. Já a Associação ILGA teve como particular representante o sempre presente Telmo Fernandes que, para além da proposta de filmes colaborou na dinamização e divulgação de todas as sessões. Ana Caldas, do Serviço de Comunicação e Imagem da FPCEUP, com a sua equipa, deu também um contributo crucial na divulgação do evento.
Deixamos ainda um agradecimento especial a todas as pessoas presentes nas sessões de cinema, que tornaram este evento não só possível, como também um agradável momento de reflexão
Um olhar retrospetivo a este ciclo permite-nos evidenciar a diversidade, quer de estilos quer de abordagem das sessões. A primeira sucedeu a uma mesa de abertura informal, com o acolhimento do evento por São Luís Castro, professora da FPCEUP em representação do diretor da FPCEUP e por Kristina Barros, em representação do CineFPCEUP. Telmo Fernandes representou a Associação ILGA enquanto a Espaços esteve representada por Eunice Macedo e por David Barros.
O debate acerca das "Parentalidades não normativas" em torno do filme “Patrik, age 1,5”, foi particularmente enriquecedor tendo contado com o comentário de Jorge Gato, psicólogo e professor na Universidade Lusófona do Porto, que trouxe um olhar da Psicologia e por David Barros, cineasta e formador em cinema, que trouxe um olhar da Cinematografia. A participação das pessoas presentes foi dinamizada pela Eunice Macedo que provocou uma discussão ampla em que se cruzou reflexão, positividade e bom humor.
Miguel Vale de Almeida, antropólogo e professor no ISCTE-IUL, foi o comentador brilhante e desafiador do filme “Tomboy”, em torno do qual se desenvolveu a 2ª sessão, moderada, com mestria, por Cláudia Múrias, e centrada na temática das Identidades de género, com um foco na Transexualidade. Havendo muito a dizer sobre estas questões, a proposta aportada por Miguel Vale de Almeida aponta claramente para a necessidade de avanços e de ruturas concetuais.
A sessão “Cidadania e identidades lésbicas”, dinamizada por David Barros, em torno do filme "Naissance des pieuvres/Water lilies" (2007), de Céline Sciamma, contou com a apresentação do filme por Danyel Guerra, escritor e crítico de cinema, que acentuou a sua riqueza e especificidade, alertando as pessoas presentes para os recursos cénicos explorados pelo realizador. Helena Topa, dinamizadora da comunidade de leitura de temática lésbica: "Conversas Para Lê-Las", comentou este filme de forma aprofundada dando visibilidade ao seu potencial contributo não só para o debate das questões da identidade mas também para o despoletar da adolescência com todos os desafios que esse processo traz. O debate final contou ainda com o olhar de Francisco Noronha, director do cineclube da FDUP, cujas perspetivas suscitaram também ampla discussão entre as pessoas participantes.
O ciclo de cinema foi encerrado com uma sessão verdadeiramente estimulante que, sendo designada "Homofobia e bullying" ultrapassou largamente esse debate. Foi comentada de forma brilhante por Isabel Menezes, professora da FPCEUP, comunicadora perspicaz que cruza saber, bom humor e provocação. Contrariamente às sessões anteriores, suportadas em longas-metragens, esta foi enriquecida com uma série de curtas que trouxeram à luz um conjunto de temáticas, também exploradas no âmbito de um projeto internacional com fins educativos e cujo produto "Rainbow films" (2012), aglomera uma série de curtas-metragens para exploração com grupos etários distintos.
Destacamos ainda a participação de pessoas associadas da ESPAÇOS na organização deste ciclo, nomeadamente do David Pinho Barros, que participou na dinamização de sessões e convidou especialistas na área do cinema para partilharem dos seus saberes; e da Rita Macedo Nóbrega que concebeu e elaborou a linha gráfica deste ciclo, captando em imagem os seus pressupostos concetuais. Já a Associação ILGA teve como particular representante o sempre presente Telmo Fernandes que, para além da proposta de filmes colaborou na dinamização e divulgação de todas as sessões. Ana Caldas, do Serviço de Comunicação e Imagem da FPCEUP, com a sua equipa, deu também um contributo crucial na divulgação do evento.
Deixamos ainda um agradecimento especial a todas as pessoas presentes nas sessões de cinema, que tornaram este evento não só possível, como também um agradável momento de reflexão
Viva!
ResponderEliminarTive muito gosto em participar neste ciclo, que volto a parabenizar. A propósito, deixo um pequeno comentário escrito a propósito do filme da Céline Sciamma: http://obosforo.blogspot.pt/2013/04/da-liquidez.html
Cumprimentos,
Francisco